formavam uma turminha inseparável, aqueles cinco: vitor, léo, fabinho, zé pedro e onaireves. conheciam-se desde os nove anos e desde então faziam tudo juntos. viajaram, dividiram alegrias e tristezas, descobriram o álcool e o toque feminino, tinham centenas de histórias pra contar. o quinteto só se dissolveu quando estavam todos com quinze anos, e onaireves se tornou um completo recluso. passava seus dias em seu quarto mexendo com o computador, masturbando-se e questionando que tipo de gente dá ao próprio filho um fardo como o nome com o qual foi batizado.
depois disso, onaireves ficou conhecido como sociopata e punheteiro, mas também tornava-se um prodígio de informática. aos vinte, terminou o software que daria à indústria fonográfica alguma sobrevida - o programa impedia a execução de arquivos de áudio piratas. era extremamente eficiente e por muito tempo não se encontrou falha alguma nele. 
vendeu seu trabalho às maiores corporações do setor e ficou milionário. gostava da grana, das mulheres e desse tipo de coisa, mas seu maior prazer era imaginar a reação de tanta gente ao ver o logotipo de sua empresa, que aparecia na tela do computador quando um arquivo era bloqueado. a imagem claramente emulava um dedo em riste.
morreu como um homem de sucesso, aos quarenta e cinco, de ataque cardíaco. como legado, deixou a fundação onaireves justino jr., que tinha como objetivo vasculhar cadastros, sites de busca, listas telefônicas e outras bases de dados atrás de indivíduos com nomes considerados incomuns. a idéia inicial era prestar ajuda psicológica a esses infelizes, mas depois de pouco tempo decidiu que preferia ir atrás dos seus pais e arruinar suas vidas com ameaças, jogos mentais, atitudes de vandalismo e quetais.
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Um comentário:
aquele ator de my name is earl pôs o nome do filho de pilot inspektor. fundação oinareves nele
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