quando o moleque (dezessete anos, hormônios explodindo) sai da sala em que foi feita sua cirurgia de fimose, duas gostosas em trajes reveladores surgem de um cômodo contíguo, para depois começarem a se acariciar e trocar beijos. o paciente, ainda sob algum efeito anestésico, sente seu pênis se avolumando. a ereção é inevitável, trazendo consigo a ruptura dos pontos, sangue suficiente para manchar a calça jeans, gritos desesperados do rapaz e de sua mãe, que esperava ali perto.
certo do sucesso da broma, um cidadão trajando uma jardineira vermelha salta na frente da vítima. abraça as moças, puxa uma coreografia e depois revela que a mãe - que agora acenava para uma suposta câmera escondida - também fazia parte da brincadeira. todos gargalhavam, a não ser o mocinho, que tentava levar na esportiva mas temia pelos efeitos da troça em suas capacidades reprodutivas.
uns trinta segundos depois, chegam os dois seguranças, com expressão de enfado: todo dia era aquilo. estavam cansados de explicar ao dr. gouveia que não, não havia câmera alguma, e que ele tinha uma consulta em quinze minutos. era uma situação chata, mas a clínica não poderia perder os clientes de um profissional tão conceituado no mercado. figurões não dividem seus problemas urológicos com qualquer um.
em relação às putas, os guardas não sabiam o que fazer. tinham ordens expressas para mantê-las longe dali, mas a tentação era grande, e os planos eram outros. o pior caso era o de arnaldo: era aniversário de sua esposa e havia sido combinado um jantar familiar. honraria o compromisso com a companheira de doze anos ou iria se divertir com o colega e as duas rampeiras? no fim das contas, acabou convencido por rinaldo, jovem impulsivo, com fama de irresponsável.
vararam a noite jogando dominó. como de costume, a dupla feminina venceu.
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